"Conte aos amigos sua comemoração marcante "
Então, dentre tantas, uma vai ficar marcada, pelo susto e pela vitória. Vamos a ela.
Meu pai 86 anos tem mal de Parkinson,não tremia muito porque foi descoberto muito cedo por isso fazia tudo sozinho, um dia quis ir ao médico e a médica mandou trocar o remédio, o único indicado pra essa doença, achando que por ele não tremer a doença tinha sido diagnosticado errado, a família não queria que ele mudasse, falamos, mas meu pai sempre teve a cabeça dura, quando cisma com uma coisa é difícil mudar... Então não teve jeito, trocou o remédio certo pelo errado da doutora que só tem o diploma, se é que não foi comprado, k. Resultado, com 4 dias da mudança já vimos a piora nele, não andava direito, não falava bem, sentava caindo das cadeiras, não comia sozinho mais e caía da cama quando ia se levantar sozinho, passou a ficar completamente dependente de todos. Banho? Era um trabalho pra levá-lo ao chuveiro, minha mãe ficava com ele e coitada também já
com a saúde não muito boa tinha que agüentar o peso dele... Um desses dias, das quedas, não consegui levantá-lo sozinha, minhas costas já não agüentavam mais seu peso, passamos todos a adoecer junto com ele, meu irmão me ajudou e quando conseguimos colocá-lo na cama levamos o maior susto, ele não se movia, não abria os olhos e estava pálido, a única coisa que dava pra notar era sua respiração, eu queria processar a médica, mas não deixaram, Deus sabe o motivo de não me deixarem fazer isso, mas minha vontade era ir lá e falar da incompetência dela.
Aos poucos ele foi voltando, mexeu a mão, abriu os olhos, fraco, sem forças, olhei o relógio e decidi dá a ele o Prolopa, remédio certo pro mal, jogamos o da incompetente e ele foi melhorando, ainda passou uns dias sempre amparado por todos, hoje, com a graça de Deus faz tudo sozinho, mas passou a tremer e a andar com passos miúdos... Fui milagre de Deus mesmo porque no estágio que ele chegou não pensávamos que ia ter volta, pelo contrário, achávamos que íamos perdê-lo.
Ontem fui um dia para comemorar não só o dias dos pais, mas a volta dele pro seio da família.