No princípio era o homem
Não havia máquina sobre a face da terra
( o homem era a própria máquina).
Certo dia, o homem se sentiu só
e viu que precisava de uma auxiliar imediata;
o homem maquinava a máquina
(a máquina esperava pelo homem ).
E o homem criou a máquina
( à sua imagem e semelhança )
e viu o homem que a máquina era boa.
Mas a máquina cresceu e passou a triturar o homem
( multiplicou-se e o excluiu ).
A partir daí, o homem passou a esperar pela máquina
e eis que filas quilométricas surgiram em toda a face da terra
onde a criação do homem chegou.
A máquina conspirou contra o seu criador
e o expulsou do paraíso natural
criando o império virtual.
A criatura, enfim, dominou o criador.
O criador percebeu, nostálgico
que vivia num mundo mágico
até o dia em que cria a dor . . .
a dor da espera enfadonha
a dor da dispensa medonha.
Agora, reverente e resignado
lá está o criador diante da criatura
maquinolatria ?!
Numa fila qualquer
reza a sua senha
na indigesta procissão
pra receber o seu saldo
ou talvez a extrema-unção.
(Carlos Alberto Cavalcanti)
15 comentários:
Adorei esta poesia, Neide, a sua sensibilidade na escolha de poemas é espantosa. Contínue a brindar-nos com estas pérolas.
Beijooos
Idaldina
Linda Amiga:
Um poema que é uma dualidade: Homem-Máquina. Tantas vezes salvadoras, tantas vezes, falíveis. Imensas vezes, imperfeitos porque falham de forma constante e perigosamente.
Salvam vidas, mas também matam vidas. Um Post adorável. Delicioso, sensível e perfeito constato, com veracidade e sinceridade.
Um poema original e lindíssimo.
Assinalei-o com interesse manifesto.
Sempre a adorar passar por aqui pela beleza inconfundível do seu soberbo e delicioso sentir...
Beijinhos amigos de imenso respeito e estima.
pena
Bem-Haja pela preciosidade humana que é.
Um Ser sensível e lindo: VOCÊ!
Adorei. Excelente!
Olá Neide!
O homem criou a máquina. Agora virou dependente dela. No entanto, acho que devemos fazer tudo para inverter esa situação.
Beijinhos
Concordo com o que o JC disse, o homem criou a maquina e agora é dependente.
bjssssss
Muito interessante, este poema.
Acontece que também tenho um poema
sobre a matéria.
Um dia destes publico-o.
Beijocas
Oi, Neide!
O homem x máquina, o eterno dilema desde que a roda foi inventada.
Excelente visão poética!
Meu paizinho era pernambucano, mas ainda não conheço a linda Recife, mesmo assim, sempre a adorei...agora, vista aqui, no seu espaço, fiquei mais enfeitiçada.
Obrigada pela doce visita!!!Bjsss
Uma bela criação este poema, mas tomara que chegue novamente o dia que o homem domine a máquina.
Beijos.
Cleo
Oi Neide.
Tem um prêmio a sua espera no meu blog.
Passa lá!
BOA QUINTA PARA VOCÊ!
♥.·:*¨¨*:·.♥ Beijos mil! :-) ♥.·:*¨¨*:·.♥
http://brincandocomarte.blogspot.com/
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saudades daqui.
Maurizio
Interessante poema. Que somos completamente dependentes da máquina, toda a razão. A máquina dominar o homem, quem sabe num futuro. Deus queira que não.
bjs
Neide querida, estou muito triste pq tiraste tuas lindas fotos do teu blog, elas estavam iluminando o seu cantinho. Vc irradia muita felicidade e adoro teus textos, são lindos e esse arrazou. Meu namorado falou que assistiu na tv que colocaram a foto da Monique Evans e a de uma advogada na net esta, colocaram que ela é mulher de programa, ela vai processar o difamador, pois esta moça é uma mulher decente, estudada, uma pessoa de boa índole e estamos torcendo prá ela colocar este vagabundo na cadeia. Esses ociosos deviam estudar pra crescer intelectualmente e não prejudicar ninguém. Será que foi por isto que tiraste as tuas ? A dias que estava com vontade de colocar umas fotos minha e do meu bebê no meu blog mas meu namorado não deixou e depois dele ter assistido o ocorrido acima, disse que nem por sonho vai deixar, nem quero colocar mais, vai que encontre um cafajeste desse. Pra evitar transtorno em nossas vidas foi ótimo vc ter tirado as suas, é pena, mas é melhor. Sobre teu texto, digo, gostaria muito de ser uma máquina, pq minha vida está correndo assim: De manhã, nada faço. Pela tarde, desfaço. À noite, durmo que nem sinto... o cansaço! Esta pequena poesia é de um pernambucano de nome Jailson Marroquim. Ele é ótimo, vale conferir as obras dele.
Abraços e apareça no meu humilde cantinho.
É para refletir não é? Nós criamos as coisas que nos dominam depois...um poema muito indagador, muito bom.
beijos
Mágnifico post...
Doce beijo
Gostei da história, e ao ler estava a ver a criação de Deus e o que o Homem está fazendo deixou de acreditar Nele e destroi tudo o que lhe foi oferecido com amor
Namastê
Olá Neide, bela poesia...Espectacular....
Beijos
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